A Crise
- Paulo Santos
- 1 de jan. de 2024
- 1 min de leitura
Quando chega perto nosso aniversário às vezes a gente "pira". Pensamentos embolam. Indefinições nos atormentam. Por vezes instaura-se o caos. Aí vem a crise. Este é o nome do meu novo texto.
O tempo me chamou
Convoca-me
Anos após anos: a razão.
Por vezes acato
Por vezes recuso
Quase sempre recuso
Recuso ao cárcere
Por regra - a razão não me serve.
O que gosto
é toda a emoção
que tudo transforma
que tudo transtorna
que me leva
para a longe de onde estou
para longe do que sou
para além do que conheço
Eu quero mais do que tenho
Quero algo menos que sou
Mais leve
Mais desorientado.
Loucura!
Perdição!
Tenho sentidos
Não os quero
Sentidos
Quero Abstração
O tempo me chama
Aniversário após aniversário
Aqui estou
Engana-se quem me espera
Esperar?
Já estou indo
Já fui muito antes que alguém chegue
Em mim habita a rebeldia
Me pondo a revelia
Incontrolável
descontrolável
Assim
Não te pertenço
Não me pertenço
Não me tens
Não me tenho
Ah!
Tenho alguns sonhos
esta é a materialidade me basta
Publicado originalmente em março 2015
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